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Business Agility e a Covid-19 (parte 1)
O grande Guimarães Rosa escreveu “O sapo não pula por boniteza, mas por precisão”. E essa verdade nunca foi tão rápida e fortemente comprovada como na crise mundial gerada pelo vírus da Covid-19.
De repente as empresas – e as pessoas – foram obrigadas e revisar ideias e processos que já duravam muitos anos:
- O comércio eletrônico salvou lojas, restaurantes e outros negócios, que nunca tinham pensado em trabalhar desta forma. Mas, muitos não conseguiram se transformar a tempo e fecharam as portas.
- Chefes controladores foram obrigados a dar maior autonomia aos funcionários, que passaram a trabalhar desde as suas casas, vestindo-se de maneira que mais lhes agradassem e nos horários mais convenientes.
- Processos burocráticos e reuniões intermináveis foram substituídas pela busca da racionalidade e da eficiência; principalmente porque ninguém aguenta ficar duas ou três horas discutindo “abobrinhas” numa vídeo chamada, enquanto os filhos estão gritando no quarto ao lado.
Mas, essas transformações são apenas uma amostra do que vem pela frente. Independente de que novas vacinas possam erradicar a doença, os seus efeitos desta pandemia vão perdurar e gerar outras mudanças e desafios.
Vamos analisar e cenário atual e futuro, onde existirão – basicamente – quatro tipos de empresas com suas dúvidas:
- As sobreviventes que perderam caixa, volume de vendas e funcionários; mas não fecharam as portas. Agora devem se preparar para recuperar a saúde financeira e a capacidade operacional perdidas. A pergunta crítica será “voltaremos iguais ou teremos que mudar?”
- As sortudas que viram seus concorrentes sucumbirem na crise. Em teoria elas herdaram um mercado potencialmente maior, mas é preciso saber se os futuros clientes ainda vão querer ser atendidos pelos processos, produtos e serviços do passado. Aqui as perguntas serão: “teremos capacidade de atender este aumento de demanda?”; “as demandas ainda serão as mesmas?”; “se for necessário saberemos como inovar?”
- As anabolizadas, são aquelas que estavam bem-preparadas e posicionadas quando a crise começou, e que cresceram com ela. Exemplos: a rede varejista que aproveitou a sua estrutura de e-commerce parar crescer mais de 100%; os aplicativos de entrega em domicílio, as operadoras de TV a cabo ou internet, os aplicativos que facilitam o trabalho remoto. Aqui as perguntas serão: “como manter os bons resultados?”, “podemos manter a qualidade, apesar do aumento dos volumes?”, “por quanto tempo teremos esta vantagem inesperada?”
- As oportunistas, que veem os resultados da crise, e as mudanças nas necessidades dos clientes, como um terreno fértil para inovações. Elas vão aproveitar a debilidade das empresas tradicionais e aplicar tecnologia e abordagens disruptivas. Aqui as perguntas serão: “como aproveitar este novo momento?”; “como criar o futuro?”; “pensar o que ainda não foi pensado, ou melhorar o que já existe?”
Certamente as respostas não são fáceis ou simples, mas felizmente já existem técnicas e ferramentas que ajudam este processo de mudanças. Uma das abordagens mais importantes para isso é a Business Agility, que tira os conceitos ágeis já largamente utilizados pelos profissionais de TI (tecnologia da informação) para todas as demais áreas de negócio.
Quer saber mais? Aguarde o próximo artigo.